DONETSK — A seleção da Espanha, atual campeã mundial e europeia,
garantiu presença na decisão da Eurocopa, nesta quarta-feira, em
Donetsk, na Ucrânia, ao derrotar Portugal por 4 a 2 na disputa de
pênaltis, após empate sem gols no tempo normal e na prorrogação.
A
'Fúria' disputará a final no próximo domingo contra o vencedor do
confronto entre Alemanha e Itália, nesta quinta-feira, em Varsóvia.
Cesc
Fábregas, que já havia marcado o pênalti decisivo contra a Itália nas
quartas de final da Eurocopa-2008, repetiu o feito nesta quarta-feira,
levando a torcida espanhola ao delírio.
O astro português
Cristiano Ronaldo, que deveria ter sido o último batedor da sua equipe,
nem teve oportunidade de ajudar o time, já que o goleiro espanhol Iker
Casillas defendeu um pênalti de João Moutinho e contou com a sorte
quando a cobrança de Bruno Alves acertou o travessão.
"Jogamos bem
durante todo este torneio e perdemos por falta de sorte. Ficamos
frustrados com a eliminação mas podemos nos orgulhar pelo nosso
desempenho na competição", declarou CR7.
A Espanha começou a disputa de pênaltis da pior forma possível, com
Xabi Alonso chutando para a defesa de Rui Patrício, mas Andrés Iniesta,
Gerard Piqué, Sergio Ramos e Cesc Fábregas não falharam, enquanto Pepe e
Nani também converteram suas cobranças para Portugal.
Os
portugueses criaram mais chances de gol no tempo normal, mas a Espanha
acordou na prorrogação, e por pouco não abriu o placar aos 14 do tempo
extra, mas o goleiro Rui Patrício fez uma defesa milagrosa em chute de
Iniesta.
"Não costumamos jogar na retranca, mas o nosso jogo
ofensivo não nos impede de defender bem. Estamos muito felizes com esta
grande fase, mas ainda resta uma partida", comemorou o técnico espanhol,
Vicente Del Bosque.
Se vencer a final deste domingo, a Espanha se
tornará na primeira equipe a ganhar duas Eurocopas e uma Copa do Mundo
de forma consecutiva.
A seleção de Portugal, que goleou os
espanhóis por 4 a 0 em partida amistosa em novembro de 2010, já tinha
sido eliminada pelo mesmo adversário poucos meses antes nas oitavas de
final da última Copa do Mundo, na África do Sul.
"A Espanha foi mais
forte no final, mas estou decepcionado com o desfecho desta partida. Se
pudesse escolher uma forma de ser eliminado, não seria nos pênaltis",
declarou o técnico português, Paulo Bento, que se mostrou otimista em
relação ao futuro.
"Agora, temos a certeza absoluta que temos condições de ser rivais à altura de qualquer equipe em qualquer torneio", completou.
Nesta
quarta-feira, em Donetsk, Del Bosque surpreendeu ao escalar na ponta do
ataque Álvaro Negredo, enquanto Fernando Torres e Cesc Fábregas tinham
se revezado na posição nas primeiras partidas da competição.
No
entanto, o atacante do Sevilha não conseguiu encontrar brechas na
eficiente dupla de zaga formada por Bruno Alves e o brasileiro
naturalizado português Pepe e acabou sendo substituído por Fábregas no
início do segundo tempo.
A Espanha teve seu primeiro lance
perigoso aos 9 minutos, em grande jogada que começou com uma linda
tabela entre Jordi Alba e Andrés Iniesta pela esquerda e terminou com um
chute de Álvaro Arbeloa que passou por cima do travessão de Rui
Patrício.
Aos 29, Iniesta recebeu um grande passe de Xavi, mas também errou o alvo ao chutar por cima do gol português.
A
equipe lusa reagiu dois minutos depois, quando Cristiano Ronaldo tirou
proveito de uma saída errada de Jordi Alba e recuperou a bola em ótima
posição, mas chutou rente à trave esquerda de Casillas.
No início do segundo tempo, além de colocar Fábregas no lugar de
Negredo, que teve uma atuação apagada, Del Bosque tirou David Silva para
a entrada de Jesús Navas para buscar mais profundidade no lado direito.
Sua última cartada foi substituir o meia Xavi pelo atacante Pedro a
quatro minutos do fim do tempo normal.
Nos acréscimos, Portugal
teve uma boa chance em contra-ataque puxado por Raul Meireles que deixou
Cristiano Ronaldo em ótima posição, mas o artilheiro perdeu a
oportunidade de ouro de dar a vitória à sua equipe ao isolar a bola na
arquibancada.
A entrada de Pedro acabou surtindo efeito na
prorrogação e a Espanha levou muito mais perigo nos minutos finais, mas
Rui Patrício salvou sua equipe com uma defesa espetacular em chute de
Iniesta.
Na disputa de pênaltis, o goleiro português passou muito
perto de ser o grande herói da partida ao defender a primeira cobrança,
de Xabi Alonso, mas Casillas deu o troco logo em seguida ao parar o
chute de João Moutinho.
Bruno Alves levou os portugueses ao
desespero ao acertar o travessão e Fábregas mandou a Espanha à final ao
balançar as redes na última cobrança, ofuscando Cristiano Ronaldo, que
nem teve oportunidade de bater.
Por: Isabela Lopes
Nenhum comentário:
Postar um comentário