Campinas, SP, 29 (AFI) - Por unanimidade, o presidente da Federação Paulista de Futebol
(FPF), Marco Polo Del Nero, foi eleito para a vice-presidência da
região Centro-Sul da CBF, nesta sexta-feira, em animada assembleia na
sede da entidade, no Rio. Sob clima festivo e de afagos generalizados,
Del Nero recebeu o aval das 27 federações e de 19 dos 20 clubes da
primeira divisão.
A única abstenção foi a do Atlético-MG, cujo presidente Alexandre Kalil
alegou compromissos pessoais para não comparecer e não enviou
representante. Del Nero, que desde a ascensão de José Maria Marin à
presidência da CBF tornou-se a eminência parda do futebol brasileiro, se
torna o mais velho vice da entidade, com 71 anos. No caso de Marin se ausentar, Del Nero assumiria o cargo.
"Eu não vou deixar a presidência, mas, se por qualquer circunstância me
afastar, fico confiante e tranquilo que estará respondendo pela CBF um
homem de grande competência, capacidade e de minha total confiança",
disse Marin, que se desculpava por um forte resfriado. "Meu pai foi
jogador de futebol. Não fui jogador profissional como o Marin, mas o
futebol também está no meu sangue", discursou Del Nero.
Por força do estatuto, o novo vice da região Centro-Sul só pode
acumular a presidência da FPF por 180 dias corridos. Mas, na prática,
nada impede que Del Nero se equilibre entre as duas funções
indefinidamente. Basta que se licencie por apenas um dia de um dos
postos para que a contagem seja zerada.
Durante a cerimônia de posse, Del Nero e Marin revelaram que um dos
principais objetivos da gestão será a aprovação de um projeto para
quitar as dívidas dos clubes brasileiros, não apenas os de futebol, mas
os que investem nos esportes olímpicos.
Os dirigentes já se reuniram com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo,
para traçar um plano que desconte da dívida com a União os valores
investidos na formação de atletas. Uma nova conversa se dará na segunda-feira, em São Paulo.
"É um projeto muito bem estudado, que pode ser viabilizado por medida
provisória ou decreto-lei", disse Marin. "Não estamos lutando por
perdão. Os clubes vão dar uma contrapartida muito importante até mesmo
na esfera social", argumentou.
Por: Isabela Lopes
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