Amigo do futebol, hoje a bola vai rolar. É jogo para parar a cidade,
chegar atrasado no trabalho no dia seguinte, gritar gol onde estiver. O
Pacaembu vai tremer neste Corinthians e Santos pela Libertadores. Para o
bem ou para o mal. Não que o Santos seja um mal. Longe disso. É que o
Paulo Machado de Carvalho vai ter, praticamente, só corintianos, do
tobogã à curvinha do escanteio, mais ou menos como foi na partida
(sofrida) diante do Vasco.
As cartas estão na mesa e confesso que se tivesse de apostar,
apostaria no Santos. Puro palpite. Essa vitória magra do Corinthians na
Vila me deixou grilado. E não estou sozinho nesta.
Não vi o Corinthians tão mais forte assim para se sustentar bem em
sua casa. E todos viram um Santos sem inspiração e um Neymar se
arrastando. O craque estava tão cansado que quando a energia foi
interrompida (não a de Neymar, mas a do estádio), quase deitou no campo.
A concentração antecipada, a bronca de Muricy, o descanso de Neymar e
uma semana a mais para Ganso treinar podem fazer a diferença para o
Santos no Pacaembu.
E se for pensar, é só um golzinho para deixar tudo igual.
O cenário é promissor para o time da Vila. E, em contrapartida, muito
perigoso para o Corinthians, sobretudo sem Emerson, suspenso. Diria que
ele foi o homem do primeiro jogo, e não somente pelo gol, mas pelo
inferno que causou na defesa dura do Santos. Willian não é Emerson,
tampouco Liedson é. E não seria demais dizer que Tite não tem ataque
para essa decisão.
Como atacante ainda não é um detalhe no futebol, temo que esse
jogador de frente faça falta ao Corinthians: um finalizador que seja
capaz de segurar o Santos em sua defesa.
Para não dizer que só vejo desgraça nos donos da casa, nenhum time do
País tem o entrosamento dos comandados de Tite. A defesa, talvez com
exceção de Alessandro, trabalha feito um relógio, mas é no meio de campo
que o Corinthians mostra sua forma, com Ralf e Paulinho, Danilo e Alex.
Os dois primeiros marcam bem e Paulinho esbanja fôlego para chegar ao
ataque. Danilo e Alex atacam e defendem com desenvoltura. Isso é raro
para meias de habilidade e já consagrados. Tem seu peso na decisão. Pode
fazer a diferença. O fiel da balança, todos sabem, é Neymar. Se o
moleque quiser jogar, se consagra. E leva o Santos para mais uma final
de Libertadores.
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